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zonaDINAmica

Clube Oficial de Fãs da Cantora e Compositora Dina.

Dina e a Não Participação no Festival da Canção 1981

Após participar no Festival da Canção em 1980, onde se deu a conhecer ao grande pública, Dina decidiu enviar uma canção com música da sua autoria para concorrer no dito festival em 1981, como livre submissão. Mas Dina nunca recebeu a notícia que a canção foi ou não escolhida para participar, por esse motivo quis-se dedicar a construir o seu primeiro álbum, que veria a luz em 1982. Dina, ao longo do ano 1981, deu a conhecer essa canção na televisão, onde os responsáveis dos programas a elogiaram... Foi aí que Dina ficou a saber que a canção que ela enviou, por motivos do arco da velha, nunca chegou às mãos e ouvidos dos responsáveis de escolher as canções para o festival da canção de 1981. A canção tinha o título 'Há Sempre Música Entre Nós' e tornou-se um dos grandes êxitos de Dina. Esta canção aborda a Música como terapia natural tanto para os males que nos achacam  como para prevenir problemas de saúde, sem contra-indicações que nos destroem e nos metamorfoseiam física e psiquicamente, para além de ser acessível a qualquer pessoa em qualquer lugar e ser (ou tornar-se) um vício salutar a custo zero, ou próximo disso.

 

 

Dina no Festival da Canção 1996

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RTP Arquivos disponibiliza o Festival da Canção de 1996, onde Dina fez parte do lote de compositores convidados (sendo a única mulher do grupo!). Apresentou a canção 'Ai, A Noite', com Música e Orquestração de Dina e Letra de Rosa Lobato de Faria, estando a interpretação a cargo de Elaisa. A canção pode ser vista/recordada aqui (após o minuto 23:16).  

 

Das 10 canções concorrentes, 'Ai, A Noite', ficou na 6ª posição com 49 pontos. Curiosamente, Elaisa representou Portugal no iberoamericano Festival OTI desse ano, não com a canção de Dina, mas com a canção 'A Minha Ilha', que obteve o prémio de melhor interpretação no Festival da Canção 1996.

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'Ai, A Noite', na voz de Dina, faz parte do álbum Sentidos (1997):

 

Dina no Festival da Canção 1982

Dina - Gosto do teu Gosto_FC1982.jpg

RTP Arquivos disponibiliza o Festival da Canção de 1982, onde Dina teve uma participação dupla forçada.

O primeiro Lp de Dina, 'Dinamite', estava prestes a sair e alguém decidiu enviar três canções desse álbum para participar no Festival, mas só duas dessas canções participaram no certame... Um pouco mais, este Festival seria só com a Dina a interpretar as 8 canções do seu álbum Dinamite e a representar Portugal na Eurovisão. Conclusão: Das 8 canções do Lp, as rádios só passavam as canções do Festival, sobretudo 'Gosto do teu Gosto', aniquilando assim um álbum inteiro. 

A passagem a contragosto (com as canções do Lp Dinamite!) de Dina pelo Festival de 1982 pode ser vista/recordada aqui, com as canções 'Em Segredo' (minuto 06:09) e 'Gosto do teu Gosto' (minuto 25:26). Das 12 canções concorrentes, 'Gosto do teu Gosto' (música de Dina) obteve 125 pontos (6º lugar) e 'Em Segredo' 74 pontos (8º lugar). Como curiosidade, 'Gosto do teu Gosto' esteve destacada em primeiro lugar durante as votações das primeiras 7 capitais de Distrito e obteve a votação máxima (12 pontos) de 4 do total de capitais.

Dina - Em Segredo_FC1982.jpg

 

Dina no Festival da Canção 1980

Dina - Guardado em Mim_FC1980b.jpg

RTP Arquivos disponibiliza a final do Festival da Canção de 1980, onde Dina se deu a conhecer ao grande público com a canção 'Guardado em Mim' (Música de Dina e Letra de Eduardo Nobre). A passagem pode ser vista/recordada aqui (após minuto 15:29).  

 

As 9 canções que participaram na final deste Festival passaram pelo crivo de 3 semifinais (27 canções no total). Dina participou na 2ª semifinal, onde obteve 21 pontos, a segunda melhor classificação dessa semifinal e do conjunto das 3 semifinais (fonte). A votação foi da responsabilidade de um júri profissional. Na final, a votação coube a um júri distrital e aqui a Dina ficou remetida ao 8º lugar com 5 pontos.

 

É-nos incompreensível a classificação na final, mas mais ainda a amputação da Letra e uma das mais belas partes da Poesia Portuguesa, que para além do mais dão o título à canção:

pus nos dias

o secreto do segredo

do que vivo eras tu

guardado em mim

 

Canção na íntegra (versão estúdio):

 

Dina - Guardado em Mim_FC1980a.jpg

 

RTP Arquivos divulga Festival da Canção 1992

AmordAguaFresca_30anos_14fev1.jpg

RTP Arquivos colocou à disposição do público o XXIX Festival RTP da Canção, que se realizou no ano de 1992, para festejar os 35 anos de existência da RTP. A final do Festival no Teatro S. Luiz foi apresentada por Ana Zanatti e Eládio Clímaco e a nossa Dina foi galardoada como vencedora, com a canção 'Amor d'Água Fresca'. A apresentação do Festival está divida em 3 partes: 1ª parte (apresentação de vários sucessos da música portuguesa por artistas convidados), 2ª parte (desfile das canções concorrentes; Dina ao minuto 04:50), 3ª parte (apresentação de vários sucessos da música internacional por artistas convidados, votação das 22 capitais de Distrito, entrega de prémios e repetição da canção vencedora; Dina ao minuto 01:13:16 e seguintes). Diz-se que Festival sem polémica não é Festival, mas também Festival sem gafes e erros (entrega de prémios à pessoa errada, blackout de câmaras, violinistas que apanham sustos, etc.) não é Festival... Tudo isto "é uma casa portuguesa, com certeza". A canção 'Amor d'Água Fresca' recebeu 230 pontos (mais 60 do que a segunda classificada) e 4 prémios: Orquestração (Luís Filipe), Letra (Rosa Lobato de Faria), Música (Dina) e Intérprete da Canção Vencedora (Dina).

 

Uma das curiosidades à volta de 'Amor d'Água Fresca', para além da polémica com a letra, que já destruímos e descodificamos (ver aqui e páginas seguintes), é a utilização do lenço verde (ao pescoço ou espreitando do bolso superior do casaco dos elementos masculinos). Há quem diga que simboliza a Natureza, a Esperança... mas há quem diga que esse adereço está relacionado com o cravo verde que utilizou Óscar Wilde numa apresentação pública, ideia do próprio Wilde. Perguntaram-lhe o significado e a resposta de Wilde foi: "Nada em concreto, mas isso é justamente o que ninguém suporá". Desde então, de alguma maneira faz parte da iconografia Queer (de quem é integrante da Comunidade LGBTQI+ e de quem se associa e apoia a Causa). O filme The Trials of Oscar Wilde (1960) aborda esse período do escritor, o tal d' "o amor que não ousa dizer seu nome"; o filme recebeu o Golden Globes Awards de Melhor Filme Estrangeiro em Língua InglesaUma flor verde na lapela foi utilizada por Elliot Page em 2021. Não vamos alimentar simbolismos, fica ao critério de cada um(a) o significado que queira atribuir ao lenço verde, caso isso queira.

 

Mas antes da Final do Festival da Canção, aconteceram 5 semifinais, e a Dina participou na 2ª semifinal (Dina ao minuto 23:46) e foi apurada para a final ao obter 40 pontos, a melhor classificação dessa semifinal e a 2ª melhor de todas as 15 semifinalistas.

 

Como não há duas sem três, depois da semifinal e final do Festival da Canção, viajamos para o que aconteceu depois da vitória de Dina no Teatro S. Luiz:

»» I - Promoção discográfica: 

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Single

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Minicassete

 

»» II - Videoclip e versões linguísticas oficias:

- Português - o videoclip, também visualmente, é o mais "irreverente" e marcante até então (e da história do festival, ou dos mais, pelo menos), a influência deste é notória nos videoclips das representantes portuguesas de 1993 e 1994):

- Inglês - Esta versão é profundamente activista, há um paralelismo entre as poluições ambiental e social deste mundo patético (ruído, solidão, dinheiro/poder,...) e a chegada da pessoa que refresca a Dina e da qual ela recolhe cada baga do seu Amor:

 

- Francês - Ao Golem de frutas, Rosa Lobato de Faria acrescenta inúmeras flores comestíveis, aumentado a diversidade de cores, aromas, paladares texturas e sons:

 

- Castelhano - É a versão mais próxima ao original, em português, mas é indiscutivelmente notória a pitada de ¡Olé!, com referência ao calor e à flor de laranja ('flor de azahar'), tão característicos no país vizinho:

 

»» III - No 2º ensaio para  o  Eurofestival, e já no palco sueco, Dina interpreta a versão bilingue de Amor d'Água Fresca:

 

»» IV - Dina interpreta a versão portuguesa de Amor d'Água Fresca na final do Eurovisiong Song Contest 1992, completamente solta e livre:

 

Dina Veste-se de Carregal do Sal nos Festivais da Canção

Heráldica de Carregal do Sal:

Armas: de negro com um cacho de uvas de púrpura, folhado e troncado de ouro. Em chefe, duas romãs de ouro folhadas e troncadas do mesmo e abertas de vermelho. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres «Vila de Carregal do Sal» a negro.

Bandeira: esquartelada de amarelo e de púrpura. Cordões e borlas de ouro e púrpura. Haste e lança douradas.

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orgulho carregalense de Dina esteve sempre presente nos grandes momentos da cantora e compositora, que elevou o nome de Carregal do Sal e de Portugal, numa relação directa entre o seu vestuário e a sua terra natal, no que a cores e símbolos diz respeito. Caso para dizer que Dina não só carrega Carregal do Sal como se veste de Carregal do Sal, como veremos a continuação.

 

- Um grande cacho de uvas de púrpura era ostentado por Dina na grande noite do Eurofestival 1992, na Suécia:

 

- No Festival da Canção 1992, a icónica blusa com as cores e as formas das frutas que aromatizavam a canção "Amor d'Água Fresca", delicadamente pintada a mão pelo José Manuel Costa Reis - mais do que uma peça de artesanato, trata-se de uma obra de arte sobre tecido! - onde ficou sempre destacada, enquanto Dina tocava a guitarra, uma das duas romãs de ouro folhadas e troncadas do mesmo e abertas de vermelho:

 

- Amarelo negro, cores presentes na bandeira de Carregal do Sal na semifinal do Festival da Canção 1992:

 

- O Festival de 1982 escolheu duas das três canções de Dina enviadas pela editora discográfica, nas vésperas do lançamento do seu primeiro Lp, Dinamite. Tanto em Gosto do Teu Gosto (que chegou a estar em primeiro lugar nas votações do júri!) como Em Segredo, a cidade natal de Dina esteve presente com o vermelho da romã e o negro no primerio caso e  o negro branco no segundo:

 

- Para a final do Festival da Canção de 1980, Dina vestiu-se elegantemente de ouro e púrpura, as cores da sua terra natal, Carregal do Sal, para se apresentar e dar a conhecer o seu trabalho ao grande público do seu País, interpretando a extraordinária balada Guardado em Mim, canção com música da sua autoria:

 

- Vídeo de Dina a interpretar  Carregal do Sal   ao vivo, em 2009, acompanhada pelo Miguel Castro:

 

- Áudio: