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zonaDINAmica

Clube Oficial de Fãs da Cantora e Compositora Dina.

Dina – Uma Compositora em Todas as Frentes (III)

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III - A Estética Musical de Dina 

 

Não só de textualidade e poética vivem as canções de Dina, antes é a unicidade destas duas com os matizes da vocalidade e musicalidade que a Dina propositadamente lhes inflexiona, criando assim outro tipo de malabarismos e alquimias. 

 

Se bem que na forma acústica, só voz e guitarra, não há muito para se fugir do som da belíssima trova (quando a baladas se refere), na forma de multi-instrumentos Dina aventura-se em arranjos com sonoridades diversas, no diálogo com os instrumentos e destes entre si, num
canto-contracanto inovador. Dina 
abraça os riscos dessa ‘estranha forma de vida’ e adentra-se nas vertentes do jazz, sonoridade
oriental, música tradicional portuguesa, fusão de fado e tango, bossa nova, etc. Obviamente, a essência musical do estilo Dina está sempre presente em qualquer "roupagem" das suas composições. Fazer sempre coisas diferentes, recriando-se, é algo que para a indústria e “especialistas” é muita areia para as respectivas camionetas...

 

Desde que Dina pegou na guitarra "que havia lá por casa, dos irmãos mais velhos", sentiu que a Música em si tinha um carácter transformador e até curativo – o factor terapêutico da Música está provado já em vários países há muitíssimos anos! - Não estamos contra o uso de fármacos pois nalguns casos são importantes, apesar de os laboratórios terem de começar a trabalhar nos efeitos não desejados (secundários) do seu consumo, como são as deformações internas, externas e cerebrais/psicológicas, ou seja, os laboratórios têm um longo caminho a fazer para que os seus produtos sejam mais efectivos e deixem de ser (exageradamente) destrutivos; na pseudotentativa de tratar uma patologia os laboratórios acabam por criar outras, por vezes graves... E assim venderem mais fármacos para as tratar (curioso!). Sobretudo para problemas psicológicos, a Música é um enorme aliado na ultrapassagem de vários problemas sendo que o custo é zero, assim como os efeitos secundários: Basta ouvir, ao vivo ou não, música instrumental com sonoridade agradável (ou tocar um instrumento) ou da outra música, mas com mensagem positiva no texto e/ou cantá-la (“quem canta seus males espanta”, diz acertadamente o nosso refraneiro popular)… Há outras terapias alternativas com muito bons resultados, como a companhia de animais, a jardinagem, etc. podem consultar o nosso mini-guia da Saúde Mental.

 

“O Amor é o motor de arranque de tudo”, referiu Dina em entrevista, tanto entre pessoas, como, e principalmente, o AMOR PRÓPRIO. Dina utiliza a música para chamar a atenção para a importância do empoderamento de si mesmo e do autoconhecimento, valorizando-se e visibilidando-se e libertando-se, como meta tanto para o bem-estar próprio como para o BEM COMUM.

 

Dina quando esteve hospitalizada do acidente de 2001, em que 'ficou toda partida', como referiu em entrevistas, e quando já se encontrava melhor, tocava e cantava por lá, inclusive, foi no hospital que fez todas as músicas que lhe encomendaram para a telenovela Sonhos Traídos (TVI). 

 

Os críticos e “especialistas” têm a preocupação de rotular tudo. A Música em Dina brota naturalmente, ora como um manancial - calma, serena, intimista, - ora como um géiser - vivaz, efusiva, explosiva. - Chamem-lhe depois de pop, rock, funk, scat singing, na verdade, a Música que Dina cria é Música em si própria, isto é, os vários estilos musicais em que Dina se expressa, são na verdade um único estilo: O estilo DINA, - ou como se denomina na linguagem actual: É o estilo DINAVERSO, - que está impregnado como marca d’água em todas e cada uma das suas composições. E mesmo ao interpretar canções de outros autores, Dina levou estas ao seu terreno, fez-lhas suas. Aqui lembramos-nos de alguns convites televisivos, como o do enorme desafio de Dina cantar um fado junto ao Vasco Rafael ("Ouve Lisboa").

 

Com o poder evocador das palavras, assim como a sonoridade destas e graças a inculcada por Dina às mesmas com ornamentações próprias, ao servir-se do uso de vocalizações assim como figuras de dicção e entoação - juntando esse seu timbre único, característico, mágico e diferenciador, - ela cria uma eufonia, o que resulta numa POESIA SONORA… E eis a estética musical de Dina!

 

Para ilustrar este capítulo nos focaremos somente no uso das vocalizações tão características em canções de Dina, o 'scat singing':