No passado dia 1 de Março começou a Primavera Meteorológica e, por cá, no zonaDINAmica, começa uma nova celebração: Os 30 anos do álbum de Dina "Guardado em Mim"!
O álbum foi lançado em 1993, com o selo da Vidisco. É um 'best of' de Dina com dois inéditos, com músicas de Dina e letras de Rosa Lobato de Faria, onde as restantes 11 canções que nele constam foram todas gravadas do zero, tanto a voz de Dina como o instrumental. Segue-se o alinhamento do CD:
>> Com ou sem relação sentimental, é de suma importância o amor próprio e cuidar da nossa saúde física e mental, sobretudo afastando as pessoas/relações tóxicas! Tratar de um pomar em vaso ou de animais de estimação, por exemplo, ajuda ao bem-estar próprio, para não falar, obviamente, das entranháveis Músicas Entre Nós de Dina!!
11 de Fevereiro é o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência. Ondina Veloso (AKA Dina), cantora e compositora portuguesa, activista por natureza, empoderou a Mulher nas suas canções. Neste Dia Internacional decretado pela ONU, em prol da igualdade de oportunidades entre géneros, apresentamos uma dessas canções de Dina que vai nessa linha ("Lençóis de Vento"), onde está presente visualmente o fenómeno natural da bioluminescência marítima.
Ontem, 13 de Janeiro, foi o Dia Mundial da Luta Contra a Depressão. Várias vezes neste cantinho zDm de fãs de Dina colocamos o foco na Saúde Mental. A nossa Dina sempre foi sensível à Saúde, participando em actos de solidariedade e recolha de fundos. A nossa Dina sabia que a Música contribui para o alívio de doenças, quanto mais não seja (o que já é muito!), nos ajuda a não nos lembrarmos das dores e achaques que as doenças nos dão, daí ter surgido a célebre canção "Há Sempre Música Entre Nós".
Ao longo do passado ano, demos o nosso pequeno contributo ao Bem-Estar dos fãs com a publicação de vários Mini-Guias temáticos, que a canção Amor d'Água Fresca nos inspirou. Queremos recordar principalmente os dois mais direccionados directamente à Saúde, que gostaríamos que consultassem: aqui1 e aqui2 .
Tocar um instrumento é saudável e a voz/canto é o instrumento mais acessível, tornando-se quase que obrigatório ter de «LIBERTAR A VOZ» para se sentir alívio - "quem canta seus males espanta", até diz o nosso refraneiro popular, - assim como, sempre que seja possível, movimentar-se, «SOLTAR AS RÉDEAS» e «OUVIR A TERRA A PULSAR»! Repetir-se «QUERO SER DONA DE MIM», «VENCER O MEDO», «NÃO ME DEIXAR ABATER» e «VER NO MUNDO O MEU JARDIM». Todas as frases positivas atrás destacadas são algumas das que inundam a canção Lençóis de Vento de Dina e que devem ser absorvidas e vividas pela população em geral, mas mais ainda pela população que tenha alguma doença, mental ou não:
Em 2023 passam 40 anos do lançamento do single Conta Comigo. No lado A estava a versão em português da canção "You and I" de Crystal Gayle e Eddie Rabbitt (Frank Myers), que a editora quis que a Dina gravasse, para tal Dina convidou a Teresa Miguel para partilhar com ela a interpretação deste cover. No lado B fazia parte um original do triângulo Tozé Brito-António Avelar de Pinho-Dina.
Conta Comigo (Dina e Teresa Miguel):
Para a comemoração desta efeméride vamos centrar-nos na canção original do single, isto é, a que está no lado B.
Pérola, Rosa, Verde, Limão, Marfim
Pérola, Rosa, Verde, Limão, Marfim, por estar no lado B do single, é a mais alternativa, mas acaba por ser a mais pujante, tal é a sua irreverente frescura! Dina, com a sua interpretação característica e carismática, acaba por dar o brilho e cor que esta canção precisa e que a fez entrar no lote das "101 canções que marcaram Portugal" (Blitz)!
Conceito da imagem do postal comemorativo:
- Pentágono - são cinco (5) as cores/elementos desta canção;
- Pérola - Dina utilizou na final do Festival da Canção de 1980 uma pulseira de pérolas púrpuras, com todos os simbolismos que carrega;
- Rosa - uma rosa cor-de-rosa...;
- Verde - A esparraguera faz parte do grupo de plantas que os floristas denominam de verde(s);
- Limão - o emblemático e amarelo limão siciliano;
- Marfim - taguanut, o marfim vegetal.
Pérola, Rosa, Verde, Limão, Marfim ao vivo em 1983:
Pérola, Rosa, Verde, Limão, Marfim ao vivo em 2008:
Letra:
Tu tens o mais bonito azul nos teus olhos Na boca tens amor a cor do sol pôr Cabelo loiro-luz seduz-me só vê-lo Na pele, amar o mar, a morena cor (*)
Sei a cor que tu tens p'ra mim Sei de cor muitas mais sem fim Sei a cor que tu tens pr'a mim Pérola, rosa, verde, limão, marfim
Meu amor-cor Teu corpo a dançar À luz do luar Põe-me louca assim
Meu amor-cor Teu corpo abraçar Faz o meu ficar Pérola, rosa, verde, limão, marfim
Tu tens o mais bonito azul nos teus olhos Na boca tens amor a cor do sol pôr Cabelo loiro-luz seduz-me só vê-lo Na pele, amar o mar, a morena cor (*)
Sei a cor que tu tens p'ra mim Sei de cor muitas mais sem fim Sei a cor que tu tens pr'a mim Pérola, rosa, verde, limão, marfim
Meu amor-cor Teu corpo a dançar À luz do luar Põe-me louca assim
Meu amor-cor Teu corpo abraçar Faz o meu ficar Pérola, rosa, verde, limão, marfim...
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(*) Na regravação da Dina deste tema em 2002, esta é a versão, assim como nos actuações ao vivo após esta data. A original, de 1983, é "Na pele o mar, amar a morena cor".
As Nações Unidas declararam 2022 como o Ano Internacional do Vidro. De maneira geral, os vidros são obtidos a partir da areia fundida e resfriada rapidamente, e podem ser formados em processos naturais (lava vulcânica, impactos sobre o solo de meteorito e raio).
O vidro é um material conhecido e explorado há muito tempo pela humanidade. Lascas de obsidianas foram amplamente utilizadas por humanos no final da Idade da Pedra, há cerca de 6.000 anos, na confecção de pontas de flechas, lanças e ferramentas de corte durante a chama Revolução do Neolítico. Os primeiros vidros “sintéticos”, feitos pelos egípcios através da técnica de sopro, datam de aproximadamente 3.400 anos atrás. Para saber mais sobre o vidro, fica aqui uma Banda Desenhada brasileira sobre este tema: Tirinhas de Vidro.
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Em 1993, Dina é convidada a criar o Genérico e Banda Sonora da telenovela Telhados de Vidro, a primeira telenovela nacional do recém criado canal privado de televisão TVI (a "Quatro"), que não foi editada discograficamente. Ficamos com o Genérico:
Ricardo Soler e Carla Ribeiro interpretaram o tema ao vivo, num evento do canal:
O álbum de estreia de Dina surgiu em 1982, apesar de Dina ter sido revelada ao grande público dois anos antes. "Dinamite" foi como foi baptizado e nele estão 8 canções novas de Dina, entre elas Dinamite. Pelos vários singles e EPs editados anteriormente já era expectável que o material de Dina ia ser explosivo!
À revelia, a Editora enviou três das canções deste álbum de Dina, antes do seu lançamento, para participar no Festival RTP da Canção desse ano. Foram apuradas duas canções e Dina foi obrigada a interpretá-las no Festival. Devido à falta de informação, Dina não sabia que podia recusar participar, uma vez que Dina estava focada no seu primeiro álbum prestes a sair, em todas as canções no seu conjunto. Durante a votação, Dina esteve e se manteve em primeiro lugar com a canção Gosto do Teu Gosto, com música da sua autoria, apesar das votações se dividirem entre as suas duas no concurso. Quando o álbum saiu, foi como se se tratasse de um single, já que só passavam nas rádios as duas canções de Dina no Festival...
A participação de Dina no Festival foi uma das péssimas decisões da Editora, mas quem pagou os erros foi a Dina. Outra péssima decisão da Editora foi a capa do álbum, com a fotografia de Dina toda riscada, tornando irreconhecível o seu rosto. A terceira péssima decisão foi a não inclusão do nome de Dina de forma inteligível, pois a leitura do texto da capa dá a entender que DINAMITE é o nome da pessoa, banda ou lá o que for. Nem no verso do LP aparece o nome Dina, só os títulos das canções. Até parece que tudo isto, todos estes desrespeitos, foi propositado para um único objectivo...
Nesse mesmo ano de 1982 é lançado o single Dinamite, em cujo lado B estava a canção Nem Mais.
DINAMITE é um álbum seminal na História da Música Portuguesa e importa ser conhecido, tal como a totalidade das canções de Dina, com essa voz e estilo ímpares.
Hoje é o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Dina celebrou a Palavra de váries poetisas e poetas: Rosa Lobato de Faria, Ana Zanatti, Eduardo Nobre, José Mário Branco, José Gomes Ferreira, António Gedeão e Fernando Pessoa, entre outres. Dina manifestou o orgulho na sua Língua (quase trinta anos antes deste Dia ser criado pela UNESCO!) e na sua terra, Carregal do Sal, compondo e cantando "Soa Bem", com letra de Rosa Lobato de Faria.
Foi no passado dia 21, mas só agora está a ser divulgado o Dia da Reabilitação Respiratória. Graças aos níveis de contaminação do ar, dos fumadores que obrigam os não fumadores a inspirar o fumo que eles expelem, de certas aves que, à falta de controlo, se tornaram pragas, etc., está a ser cada vez mais frequente os problemas respiratórios na população em geral, abrangendo todas as idades como alvo preferencial. Obviamente, o covid-19 elevou exponencialmente os problemas respitarórios e as suas sequelas. Para agravar este enorme problema, em Portugal a Saúde pública deixa tudo a desejar, com listas de espera enormíssimas para uma primeira consulta, fará para os tratamentos, tornando este problema de saúde ainda mais grave e de difícil sucesso de cura, sendo a "cereja" os cortes financeiros para pessoal profissional e dedicado, para tratamentos, para medicação, etc.
Fica aqui a chamada de atenção e o apontar de dedo para a falta de vontade em trabalhar para o bem-estar da população portuguesa, por parte de quem está no lugar indicado (e a ser pago para tal). HAJA RESPEITO (pelo menos)!
Dina, mesmo sendo autodidacta, criou duas maneiras de composição. Grande parte das suas canções nasceram primeiro pela música, que Dina apresentava a autores para ser feita a letra, a partir de palavras/frases soltas no meio do instrumental da sua guitarra e da melodia em scat singing ("cantar vocalizando tanto sem palavras, quanto com palavras sem sentido e sílabas"). Outra faceta da sua composição era musicar Poemas.
Dina musicou Poemas, entre outros, de Fernando Pessoa, António Gedeão, Rosa Lobato de Faria e José Gomes Ferreira.
É um Poema deste último que apresentamos hoje. "Arquitecto" foi musicado e gravado por Dina e consta no CD de originais Sentidos de 1997, álbum este que foi reeditado em 2013, na Colecção «Vozes do Coração» nº 19 do jornal Correio da Manhã.
"Arquitecto" é um tema intenso e despido de artifícios. Unicamente Dina, a dedilhar a sua guitarra com a sua voz melodiosa e timbre característico.
Infelizmente, continuamos a atravessar uma apertada censura (mais do que antes da "Liberdade", conquistada aparentemente em 1974!) que assassina o que é diferente e inovação. Neste século XXI Dina foi proibida de editar álbuns de originais - apesar de as cinco décadas de canções de Dina ter sempre sido uma autêntica pista de obstáculos! - mesmo tendo imenso material, só por ser Mulher e dar voz a quem a não tem. A política da "máquina" (editoras, rádios, industria discográfica, etc. ) assassinaram uma GRANDE MULHER, uma Cantora e Compositora portuguesa, com Alma, Coração e vontade de Viver, que deixa uma enorme lacuna na Música Portuguesa... E, como estamos em Portugal, com a sua liberdade podre e despotismo, a culpa morre sempre solteira! Da sua Visão, filantropia e trato maternal, ficam também Saudades Eternas.