Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

zonaDINAmica

Clube Oficial de Fãs da Cantora e Compositora Dina.

Dina promove o álbum "Aqui e Agora" na Madeira

Dina_Madeira_abril1991b.jpg

Em Abril de 1991 Dina promove o Lp "Aqui e Agora" na Madeira, lançado tão somente há dois meses na Sala Ogival do Castelo de São Jorge (Lisboa). Dina interpreta no programa três canções: Aqui e Agora, Acordei o Vento e Por Alto Mar. Após a primeira canção,  a apresentadora do programa conversa com Dina. Para ouvir desde o minuto 11:38 AQUI.

 

Este álbum surge após um interregno de oito anos de gravações, pelos motivos indicados no vídeo referido. "Aqui e Agora" é um álbum para lá de 'bonito', com nove canções originais: Apresenta baladas que nos embala, músicas mexidas que nos faz pular (ou pelo menos mexer o esqueleto ou bater o pé) e trovas que nos adoça. Merece ser (re)visitado!

Dina_Madeira_abril1991.jpg

 

 »» Ouvir o álbum na íntegra: 

(Alguns problemas técnicos - redução da velocidade após o primeiro terço da música, - acontecem nos vídeos das canções A Ilha do Tesouro (Sair Daqui) e Suco Açúcar. As desculpas por esse facto)

 

Nota zDm: "Aqui e Agora" foi editado pela cooperativa cultural UPAV (União Portuguesa de Artistas de Variedades), da qual Dina era sócia fundadora, juntamente com, entre outros artistas, José Mário Branco - autor da letra de A Ilha do Tesouro (Sair Daqui) -  Recordamos que esta editora era considerada pelas discotecas de então como uma cooperativa marginal, assim como os seus sócios, recusando vender os discos destes e a enganar os clientes a informar que os discos estavam esgotados... Igualmente os 'tentáculos das multinacionais' e de alguns meios de comunicação acabariam por assassinar os fins nobres da UPAV e dos seus sócios, pouco depois do seu nascimento em 1990! Da lista de "marginais" constam nomes, para além do núcleo fundador da UPAV (José Mário Branco, Rodrigo, Carlos do Carmo, Dina e Alexandra), como os de Amélia Muge, Luísa Basto, Maria Guinot, Mário Viegas, Paulo de Carvalho, os Vai de Roda, etc. Este - a difamação - é o resultado de querer ser livre em Portugal!

 

RTP Arquivos divulga Festival da Canção 1992

AmordAguaFresca_30anos_14fev1.jpg

RTP Arquivos colocou à disposição do público o XXIX Festival RTP da Canção, que se realizou no ano de 1992, para festejar os 35 anos de existência da RTP. A final do Festival no Teatro S. Luiz foi apresentada por Ana Zanatti e Eládio Clímaco e a nossa Dina foi galardoada como vencedora, com a canção 'Amor d'Água Fresca'. A apresentação do Festival está divida em 3 partes: 1ª parte (apresentação de vários sucessos da música portuguesa por artistas convidados), 2ª parte (desfile das canções concorrentes; Dina ao minuto 04:50), 3ª parte (apresentação de vários sucessos da música internacional por artistas convidados, votação das 22 capitais de Distrito, entrega de prémios e repetição da canção vencedora; Dina ao minuto 01:13:16 e seguintes). Diz-se que Festival sem polémica não é Festival, mas também Festival sem gafes e erros (entrega de prémios à pessoa errada, blackout de câmaras, violinistas que apanham sustos, etc.) não é Festival... Tudo isto "é uma casa portuguesa, com certeza". A canção 'Amor d'Água Fresca' recebeu 230 pontos (mais 60 do que a segunda classificada) e 4 prémios: Orquestração (Luís Filipe), Letra (Rosa Lobato de Faria), Música (Dina) e Intérprete da Canção Vencedora (Dina).

 

Uma das curiosidades à volta de 'Amor d'Água Fresca', para além da polémica com a letra, que já destruímos e descodificamos (ver aqui e páginas seguintes), é a utilização do lenço verde (ao pescoço ou espreitando do bolso superior do casaco dos elementos masculinos). Há quem diga que simboliza a Natureza, a Esperança... mas há quem diga que esse adereço está relacionado com o cravo verde que utilizou Óscar Wilde numa apresentação pública, ideia do próprio Wilde. Perguntaram-lhe o significado e a resposta de Wilde foi: "Nada em concreto, mas isso é justamente o que ninguém suporá". Desde então, de alguma maneira faz parte da iconografia Queer (de quem é integrante da Comunidade LGBTQI+ e de quem se associa e apoia a Causa). O filme The Trials of Oscar Wilde (1960) aborda esse período do escritor, o tal d' "o amor que não ousa dizer seu nome"; o filme recebeu o Golden Globes Awards de Melhor Filme Estrangeiro em Língua InglesaUma flor verde na lapela foi utilizada por Elliot Page em 2021. Não vamos alimentar simbolismos, fica ao critério de cada um(a) o significado que queira atribuir ao lenço verde, caso isso queira.

 

Mas antes da Final do Festival da Canção, aconteceram 5 semifinais, e a Dina participou na 2ª semifinal (Dina ao minuto 23:46) e foi apurada para a final ao obter 40 pontos, a melhor classificação dessa semifinal e a 2ª melhor de todas as 15 semifinalistas.

 

Como não há duas sem três, depois da semifinal e final do Festival da Canção, viajamos para o que aconteceu depois da vitória de Dina no Teatro S. Luiz:

»» I - Promoção discográfica: 

din.jpeg

Single

minik7_AAF1992.jpg

Minicassete

 

»» II - Videoclip e versões linguísticas oficias:

- Português - o videoclip, também visualmente, é o mais "irreverente" e marcante até então (e da história do festival, ou dos mais, pelo menos), a influência deste é notória nos videoclips das representantes portuguesas de 1993 e 1994):

- Inglês - Esta versão é profundamente activista, há um paralelismo entre as poluições ambiental e social deste mundo patético (ruído, solidão, dinheiro/poder,...) e a chegada da pessoa que refresca a Dina e da qual ela recolhe cada baga do seu Amor:

 

- Francês - Ao Golem de frutas, Rosa Lobato de Faria acrescenta inúmeras flores comestíveis, aumentado a diversidade de cores, aromas, paladares texturas e sons:

 

- Castelhano - É a versão mais próxima ao original, em português, mas é indiscutivelmente notória a pitada de ¡Olé!, com referência ao calor e à flor de laranja ('flor de azahar'), tão característicos no país vizinho:

 

»» III - No 2º ensaio para  o  Eurofestival, e já no palco sueco, Dina interpreta a versão bilingue de Amor d'Água Fresca:

 

»» IV - Dina interpreta a versão portuguesa de Amor d'Água Fresca na final do Eurovisiong Song Contest 1992, completamente solta e livre:

 

Dina - Carregal do Sal (ao vivo)

Dina interpreta "Carregal do Sal" (música de Dina e Letra de Rosa Lobato de Faria), ao vivo em 2009.

 

 

Letra:

Cheguei de lá onde nasce o Sol
Longe do mar, mas ao rés do amor
Vim por aí a saber de mim
Sabendo a sol, sabendo a sal

Disse 'até já', pus o meu chapéu
E um gaio azul enfeitou o céu
Vim por aí de viola à mão
Sabendo a mel, sabendo a pão

Porque eu carrego o sol de Carregal do Sal
E no Mondego achei o rio
Que faz de mim nascente e foz
Que faz de mim sorriso e voz (bis)

E música
E música
Se foi por ti que desci ao sul
Troquei por ti o meu gaio azul
Vim por aí conhecer o mar
No teu olhar, no teu olhar

Porque eu carrego o sol de Carregal do Sal
E no Mondego achei o rio
Que faz de mim nascente e foz
Que faz de mim sorriso e voz (bis)

E música
E música

 

 

 

"Amar Sem Aviso" ao vivo (1980)

dina - amar sem aviso_ao vivo1980a.jpg

 

Em 1980 Dina lança "Amar Sem Aviso", uma emotiva balada com Música da própria Dina e Letra de Eduardo Nobre, que fala do banal e complexo que é o Amor. Vai mais para além de um namorico, é algo sério. Muito sério, alias! Tão sério que este sentimento se auxilia de subterfúgios, de um jogo de tons claro-escuro, de meias palavras e acções, de máscaras, mentiras, segredos... E tão somente por ser "um amor que não ousa dizer o seu nome" ("the love that dare not speak its name"; verso do poema 'Two Loves' de Lord Alfred Douglas, 1894), apesar desse "tipo" de amor - a Diversidade! - existir há tanto tempo como a Vida neste Planeta! Com "Amar Sem Aviso", no pudico Portugal do ano 1980, Dina levanta a ponta do véu e diz o que ama, sem tapumes (mas com os obrigatórios eufemismos!), à semelhança do que fez com "Guardado em Mim", a sua canção-revelação meses antes no Festival da Canção. Dina voltaria a erguer, e mais claramente, a voz dos Direitos Humanos deste seu colectivo dois anos depois com "Deixa Lá". Seria em 1998, com a canção autobiográfica "Aguarela de Junho", que Dina escancararia as portas da "vergonha" e gritaria aos quatro ventos que ela própria é aquele Amor (que não ousava dizer o seu nome)!! Brava, esta enorme Mulher artivista!!

Nota zDm: As canções de Dina são completamente soltas e livres, não estão agrilhoadas a rótulos e, pior ainda, a pensamentos de Ódio! Quem tem meio dedo de testa não vai em Sinédoques, isto é, não despreza a totalidade de uma pessoa só por não gostar de um pequeno ponto muito pessoal da vida daquela (não falamos em actos que são considerados de crime!). Muitos há que têm enormíssimas traves nos próprios olhos e andam com grossas lupas à procura de um nanocóspico cisco no olho do outro. A perfeição é uma utopia, ao contrário dos telhados de vidro (que alguns se esquecem que os têm). Deixemos-nos ir na Beleza da Música de Dina, que o resto são tretas. Mais uma vez, a tecla é a mesma: Haja Respeito!

dina - amar sem aviso_ao vivo1980.jpg

 

No seguinte vídeo, Dina interpreta as duas estrondosas canções do seu segundo e recente single Pássaro Doido (1980): O rock "Pássaro Doido" (excerto) e a balada "Amar Sem Aviso" (min. 02:20), estilos musicais tão opostos que se complementam e equilibram, ilustrando a diversidade musical que marca e flui naturalmente em Dina, assim como são os seus famosos e peculiares vocalizos (scat singing)Ambas as canções têm Música de Dina, para as quais o Eduardo Nobre fez as Letras respectivas:

 

 

"Quando As Nuvens Chorarem" - O Encanto Ficou

Em um dia como hoje, 26 de Agosto, mas do ano 1988, faleceu o cantautor português Carlos Paião com apenas 30 anos de idade (nasceu a 1 de Novembro de 1957), vítima de um acidente de automóvel à ida para um concerto.

 

Autor de várias canções de sucesso, recordaremos neste espaço o último maior deles: "Quando as Nuvens Chorarem".

quando as nuvens chorarem_postal8.jpg

Ao preparar o seu segundo álbum, Intervalo, Carlos Paião convidou Dina para um dueto. A escolha recaiu na canção "Quando as Nuvens Chorarem", onde o carisma de Dina ficou bem cunhado sonoramente. Apesar da trágica morte de Carlos Paião ainda ser recente, o seu novo Lp foi lançado na data que já estava marcada, em Setembro. Das dez canções que compunham o Lp, a que teve maior sucesso foi aquela que abria o lado B do disco - "Quando as Nuvens Chorarem", - onde participa Dina. Foi lançado também uma cassete.

carlos paiao_intervalo_lpk7.jpg

 

Desta canção foi lançado um single em dois formatos:

- Em vinil, onde no lado B  estava "Perfume";

- E uma minicassete, cassingle, onde esta canção abria o lado A, seguida de "Perfume" e no lado B estavam as canções do single em vinil de 1986 "Cegonha" e "Lá Longe, Senhora".

carlos paiao_qnc_single_k7single.jpg

 

Vai-se lá saber o porquê, em Portugal os duetos não fazem parte da discografia de ambos os intervenientes. Vamos agora recordar esta belíssima canção, onde a ausência faz-se presença graças ao encanto, nas grandes vozes de Carlos Paião e Dina:

 

Dina interpreta pela primeira e única vez ao vivo esta canção a 27 de Dezembro de 1992, com Joel Branco a substituir a parte correspondente ao Carlos Paião, em um belo e sentido programa-tributo do Júlio Isidro:

 

O Carlos Paião e a Dina eram basicamente da mesma idade - Dina nasceu a 18 de Junho de 1956. - Em 1987, no programa "Prova de Contacto" do Joaquim Letria, Carlos Paião recordava que foi num outro programa do Joaquim Letria, o "Tal & Qual", em 1980, que ele se estreou na televisão e que nesse mesmo programa estava a Dina, que foi a grande revelação desse mesmo ano. Carlos Paião vincou que "a Dina não desaprendeu de cantar" e lançou duras críticas às editoras, à televisão e à rádio por não tratar bem os artistas nacionais, fazendo-os desaparecer. Os artistas internacionais pagam melhor às rádios portuguesas para estas passarem a sua música 24 horas por dia em "loop" constante, enquanto os nacionais já não cabem na antena e ficam sem qualquer apoio. Apoio que deveriam de receber desse triângulo mal amanhado.

 

Curiosamente, segundo as crónicas da altura, o grande carinho e admiração que os portugueses tinham por Carlos Paião não se reflectiu, aparentemente, nas vendas de discos - tal como a Dina, - facto este revertido só após a sua morte, com as várias compilações editadas ao longo do tempo.

 

A Orquestra Filarmonia das Beiras lembrou Carlos Paião a 8 de Junho de 2014 em Anadia, num desafio lançado à esta pelo Centro Cultural de Ílhavo. Sob a direcção do Maestro António Vassalo Lourenço, o concerto “Reviver Carlos Paião” contou com a participação de Catarina Vita, Teresa Pereira, Raquel Garcia e André Lacerda nas vozes

 

Músicas Entre Nós #59

Deixar-se Ir

DINA_postal_musical_deixar-se ir8.jpg

 

- Vídeo:

Vídeo sem fins comerciais, tendo como único objectivo ser didáctico e dar a conhecer a Obra da Cantora e Compositora Dina (Ondina Veloso).

 

 

__________________________________

"Músicas Entre Nós" designa uma série de postais musicais de Dina. O objectivo é, de uma forma concentrada, celebrar e recordar/dar a conhecer a Vida e Obra de Dina - essa onda sonhadora, humanista e artivista, - percorrendo as cinco décadas de canções com que Dina nos brindou. Que haja sempre música entre nós.

Músicas Entre Nós #58

Friend

DINA_postal_musical_friend8.jpg

"Friend" é uma das primeiras composições de Dina, ainda na década de 70, com letra também da sua autoria. Esta canção faz parte do lote de canções de Dina que nunca foi editada.

 

- Áudio (em dueto com a irmã, Paulinha Veloso):

Dina (Ondina Veloso) · Dina - Friend (com Paulinha Veloso)

 

 

__________________________________

"Músicas Entre Nós" designa uma série de postais musicais de Dina. O objectivo é, de uma forma concentrada, celebrar e recordar/dar a conhecer a Vida e Obra de Dina - essa onda sonhadora, humanista e artivista, - percorrendo as cinco décadas de canções com que Dina nos brindou. Que haja sempre música entre nós.

Músicas Entre Nós #57

Depois Não Digas

DINA_postal_musical_depois não digas8.jpg

Ontem, 1 de Outubro, foi o Dia Internacional da Música e o Dia Mundial do Sorriso. A nível internacional, há muito que é reconhecida a importância de sorrir, do mecanismo de fortalecimento interior que impulsiona, entre mais "milagres" psicológicos... E físicos! Por isso, não deixem de sorrir ao longo de todos os dias do ano, mesmo que não tenham motivos, façam-no como um exercício ou como uma medicação livre de qualquer efeito secundário! :-)

 

- Áudio:

 

 

__________________________________

"Músicas Entre Nós" designa uma série de postais musicais de Dina. O objectivo é, de uma forma concentrada, celebrar e recordar/dar a conhecer a Vida e Obra de Dina - essa onda sonhadora, humanista e artivista, - percorrendo as cinco décadas de canções com que Dina nos brindou. Que haja sempre música entre nós.

Músicas Entre Nós #56

Suco Açúcar

DINA_postal_musical_suco açúcar8.jpg

 

- Áudio:

 

 

__________________________________

"Músicas Entre Nós" designa uma série de postais musicais de Dina. O objectivo é, de uma forma concentrada, celebrar e recordar/dar a conhecer a Vida e Obra de Dina - essa onda sonhadora, humanista e artivista, - percorrendo as cinco décadas de canções com que Dina nos brindou. Que haja sempre música entre nós.

Músicas Entre Nós #55

Pérola, Rosa, Verde, Limão, Marfim

DINA_postal_musical_perola rosa verde limão marfi

 

- Áudio:

 

- Vídeo (ao vivo, em 1983):

 

- Vídeo (ao vivo, em 2008):

 

__________________________________

"Músicas Entre Nós" designa uma série de postais musicais de Dina. O objectivo é, de uma forma concentrada, celebrar e recordar/dar a conhecer a Vida e Obra de Dina - essa onda sonhadora, humanista e artivista, - percorrendo as cinco décadas de canções com que Dina nos brindou. Que haja sempre música entre nós.